sábado, 16 de julho de 2011

O caminho


Saiba aonde você quer chegar

Construa o seu caminho e siga nele até o fim

Não passe por cima de ninguém

Mas nunca deixe que alguém te impeça de caminhar

Não se esqueça de que: O objetivo é o motivo, mas o importante é o caminho

Engatinhando ou correndo, você vai um dia chegar

Por isso a dica é: Aproveitar: do início ao fim, antes, durante e depois em todas as fases das nossas vidas.

Você pode até retroceder, se atrasar... Mas nunca deixe que acabem com o seu caminhar.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Farejar





Tenho andado faxinando meus dias.

Fazendo uma varredura de passados,
Me assustando com filmes que voltam através de pessoas que se aproximam.

Já não luto mais em vão, já sei as lutas que valem a pena.

Como é difícil fazer alguém enxergar quando se está mergulhado em cegueira.

Acabo por me calar e esperar o dia em que sua visão mostrará o que era tão claro como o dia.

Também já fui cega, se continuo, provável que sim, só verei ao final dessa noite escura.

Cabe aos que o amam, amparar e esperar a queda inevitável.

É como se você visse uma pessoa querida correndo em direção a um precipício, e de nada adiantasse gritar e avisar do perigo adiante.

Só nos resta ajudá-los a subir.

Também já caí em buracos tão óbvios que hoje me assusto com a cegueira que me dominava.

Me parece que pessoas do passado me chegam com cartazes enormes dizendo: “Olha pra mim, olha a sua fragilidade, leia aqui o que não podia ler lá”. Esse cartaz sempre existiu. Só agora o leio.

Acabamos por projetar nos outros nossas almas. E enxergar, não só o que grita nosso desejo, como o que seríamos em outros corpos.

Só a maturidade lhe faz crer e descobrir, com sofrimento, que existem pessoas em diferentes níveis de evolução e algumas são perigosas de se conviver.

Falta um treinamento maternal selvagem, que te prepare, na infância, pra farejar inimigos, pra se proteger de perigos e pra atacar quando preciso.

Sim, saímos da selva entre animais, mas será que saímos mesmo?

Deixo a pergunta no ar e saio por aí a farejar.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

João e Maria




Eu queria um dia te colocar no colo ao som de “João e Maria” e poder dizer ao seu ouvido que "no tempo da maldade a gente nem tinha nascido".

Sou simpática com a dor que sentes do mundo e compartilho da realidade que você me traz ao me mostrar um quadro de horror.

Dou a mão pra você e seguimos brincando de roda, ainda envoltos numa pureza que a vida insiste em matar.

Sinto tudo o que sentes às avessas, dores similares por motivos diferentes.

Sinto a dor de seu peito pelo amor que está no meu, por ti.

Um amor de mãe que protege sua cria com medo de escuro.

Um amor de irmã mais velha que não te deixa apanhar na escola.

E a vida insiste em girar e descer os que estão no topo e elevar os que estão embaixo.

Como os anos me abrem os olhos e vejo pessoas se tornarem urubus sobrevoando vidas, sugando para, no momento da morte, nos devorar.

E, como num passe de mágica, em apenas uma noite, percebo que pessoas tão próximas podem ser inimigos íntimos. Íntimos por nossa culpa.

Mais uma vez o conto de fadas que construímos em nossa vida está mais pra “Mulheres que Correm com os Lobos” ou “Andersen” do que para “Disney”. Que a morte como final é real, mais do que o “viver feliz pra sempre”. E que “João e Maria” do Chico é para poucos, assim como é pra nós dois.

“Vem, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo” Em tempo de maldade é só aprender a se proteger. Deixa que meus mais dez anos de vida te guiem pela mão, fazendo o caminho que nossos pais nos levavam quando éramos criança. Desviando dos pequenos perigos proporcionais ao seu tamanho. Agora és grande, os perigos também os são, mas não maiores que você.


“Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim. Pra lá desse quintal
Era uma noite que não tem mais fim” Mas aqui, no quintal que construímos, é dia de sol eterno.

domingo, 29 de maio de 2011

Homem de Mark.




Homem de Mark, seu olhar percorre meu corpo até meus pés enquanto seu amor entra na minha corrente sanguínea, já não tenho defesas contra ele. Sinto-me tomada pelo poder de Mark e me entrego embriagada por esse seu jeito Markiano de amar.

Homem de Mark sabe coisas que outros não sabem. Se soubesse de tua existência não teria esperado sua chegada, já teria voado até Mark. Desde que entrou em minha vida, esse meu homem de Mark, que vivo cada dia novo com sede de vida eterna. E quando penso que já existia mesmo antes de sua aparição, me aperta uma dor no peito, por ter vivido sem a consciência de que era Mark uma realidade, uma opção.

Posso desejar que todas as mulheres encontrem um homem de Mark um dia, pois o amor nunca tomou tal forma, uma forma de Mark. Quando estou em seus braços sinto que um exército de anjos me envolve, não sinto medo, não sinto vazio, tudo é Mark.

Passa noites velando meu sono e preenchendo meus sonhos com cores e flores. Pra, de vez em quando, me abraçar, só pra lembrar que ele está ali, na minha cama, ao meu lado, meu homem de Mark.

Me conta histórias de lá, em um belo jantar, em um passeio romântico ao luar. Seu beijo me faz pensar que só agora realmente sei beijar. É como se nossas bocas estivessem procurando o encaixe certo, durante tantos anos, pra finamente se realizar a verdadeira magia do ato de beijar. Posso dizer o mesmo do amar, do conversar, do acordar, do sonhar.

Se existem anjos, se existe Deus, se existe uma força maior que rege nossa vida, agradeço a todas as forças do bem, por esse bem maior que me entregaram. Essa é a minha oração de agradecimento ao amor, essa é a prece que me acompanha em meus dias. Que seja ela, como um raio, onde, percorrendo o espaço da distância e do tempo, chegue até Mark e que ele sorria ao sentir o amor que lhe envio. Se meu homem de Mark sorrir, já terá cumprido sua função, seu sorriso já vale a pena viver e esperar nosso próximo encontro.

Que eu seja eternamente de Mark, hoje e para todo o sempre... Amem!

domingo, 8 de maio de 2011

cachoeira de dor de minha alma cansada.



Acho que preciso dormir

Repousar esse corpo cansado como essa dor repousa em meu peito

Preciso de um sonho de vôos, de mares, de lógicas

Preciso de um encontro com o entendimento

Preciso conseguir falar sem soltar esse grito preso

Ando chorando demais, ou chovendo demais ou aguando, vertendo minha vida em água
Cachoeira de minha alma que pede repouso

Se vivo as reações, quais devem ter sido suas ações análogas?

Em qual lugar, aportou, o ato, do tiro, que agora atinge meu peito?

Como pode tal ser, conviver com a covardia, da fuga, da vida, que exige ser vivida?

E quando “tal ser” é tais e tantos que sofro por simpatia com todos esses que sofrem e fogem.

Lanço essas palavras misturadas, que talvez não façam sentido juntas, como um pedido, de dor, ao Deus, que sonhe, em meu repouso, com o entendimento.

O que acontece com a humanidade hoje?

Assum Preto vive solto mas não voa, não enxerga, tem asas mas não voa.

Gonzaga prefere a sina da gaiola desde que possa ver o céu.

Preso no chão pela cegueira ou preso ao céu pela gaiola.

Como andamos por aí furando os olhos do Assum Preto, como andam furando os meus...

Que choram, cachoeira de dor de minha alma cansada.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

arte minha de minha vida




A dança dessas mulheres que passam por minha vida, o amor que sinto por cada uma delas.

Mulheres que dominam meu corpo e minha fala, me deixando apenas minha consciência atenta a cada detalhe de seus movimentos.

Cada gesto de minhas mãos são doações para essas Deusas de minha arte, mulheres que vivem em mim e que têm a oportunidade de se manifestar sob luzes coloridas e olhares tentos de uma platéia.

E eu danço com todas elas e eu me amo nelas.

Catarina, Mariana, Angélica, Henriqueta, Margarida, Marrote, Caroba...

E experimento épocas diversas, figurinos, falas, sofro com elas, amo com elas, choro com elas.

A vida nunca é sem graça pra quem se alimenta num palco.

Faço aqui minha declaração de amor a essas mulheres e aos Deuses do teatro que me escolheram e me permitem viver e exercer a mais completa doação de minha alma quando o pano se abre e as luzes se acendem.

Dedico a minha existência a essa arte, enquanto me restar vida, enquanto me restar amor e enquanto houver platéia nesse teatro... Ao terceiro sinal abre-se o pano e inicia-se o espetáculo. Evoé!

terça-feira, 3 de maio de 2011




Durante os anos de nossas vidas muitas coisas acontecem e são tão grandes que não caberiam em um a folha de papel, nem em um único encontro.

Fazer aniversário é encontrar tudo o que vc construiu em longos anos, todos os que vc comemora nesse único dia

As pessoas que chegam, as pessoas que não chegam, os comentários, os assuntos.

Cada ano uma nova história se fecha, outras se abrem.

Dá pra ter um levantamento do que vc fez ou deixou de fazer desde o último aniversário

As vitórias e as derrotas

Me sinto vitoriosa até pra lidar com as derrotas

E os que novamente aparecem, ficam mais fortes no meu coração

Os novos que surgem abrem um cantinho especial

E os que somem deixam saudades

E agora é começar mais um ano de vida até fechar o balanço do próximo ano.

Me sinto realizada. Agora é mão na massa (O que nada mais é do que estar viva e sinto gratidão por isso)... Até os 33... Por enquanto gosto do 32.