domingo, 15 de agosto de 2010

Onde foram parar as minhas certezas?

Onde foram parar as minhas certezas?

Sua natureza volátil as fez desaparecer em meio a dúvidas e medos.

Cadê meus passos certos que me levam em direções escolhidas?

Cadê?

Onde estão vocês, animais ariscos, cães arredios, garanhões farejando cio?

Que grito me dão agora, qual voz que não me chega nesse abismo de minha alma?

Me sinto acuada e paralisada qual criança castigada.

E tenho medo de me mexer. Me assusto com medo de mínimo movimento.

E me encolho quieta, nada sei.

Nunca me senti tão ao relento, vivo uma adolescência eterna, que se alterna em grande e em ingênua, em segurança e dúvidas vorazes.

Cadê a adulta de ontem que condisse com o que meus anos exigem que eu seja?

Cadê a maturidade que espero até hoje que me chegue?

Cadê aquele adulto que minha visão infantil me fez almejar idades avançadas?

Cresço e fico mais velha que meus pais... E fico mais nova do que a vida exige... E meus pais não são nada do que eram antes... E eu não me torno nada do que imaginava que me tornaria.

Cadê, meu Deus, aquela certeza que ainda ontem tinha eu aqui?

Cadê?

Um comentário:

Anônimo disse...

Jana

Acho super positivo questionar as certezas vez em quando. Melhor do que seguir pela vida carregando conceitos que volta e meia não condizem mais com a gente... ou não nos fazem felizes. :-)

Sorte na mudança!

Beijos,
Deb.