segunda-feira, 4 de abril de 2011
saber “dessaber”
Eu queria saber “dessaber”
Saber às avessas
Saber esquecer o que soube saber
É mais fácil saber, mais difícil esquecer
E sei da loucura dos artistas
E sei da minha loucura
Que “desenlouquecer” é trabalho pra toda uma vida
Saber da loucura é colocá-la ao alcance da mão
“Dessaber”, “desenlouquecer” é fazer o caminho inverso, é desaprender
É virar Picasso, dando seus passos para trás.
É virar Van gogh e tirar uma parte sua fora.
Qual “dessaber” escolher na trilha da loucura, quando esse bicho te engole
Ou quando, na razão, se enjaula a Fera sem enjaular a sua arte.
Eu quero saber “dessaber” um monte de coisas que sei.
Eu quero saber beber dessa fonte sem mergulhar nesse poço
Sem mais me atirar nesse buraco sem fundo que tenho dentro de mim
Não ser a Fera, mas a Bela que ama e sabe da Fera... Que nada mais é do que a própria Bela...
É ver a beleza no retrato de Dorian Gray que carrego comigo.
É beijar a minha Fera e amar a minha loucura que alimenta minha arte.
É saber “dessaber” tudo que me obrigaram a saber, do jeito que tinha que ser.
É alimentar meu lado negro, é admirar meu lado feio, é levar minha Fera pra passear.
É olhar pra mim e me orgulhar.
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