E tudo caminha pro mesmo fim.
O mesmo roteiro, aquela estória fantástica que agradou ao público.
Sabe aquele filme campeão de bilheteria? A mesma fórmula.
Termina e recomeça a mesma história, o mesmo início, o mesmo meio, o mesmo fim.
Já começo a pensar que não escrevo a minha vida, que ela é uma sucessão de repetições.
E recomeço do começo e caminho pelo mesmo destino.
Falta inteligência ou sobra teimosia.
Se esse filme já vi... Já sei onde vai dar.
Mas assisto de novo e novamente até o fim, e não acredito que o fim é o mesmo, e sempre, a mesma coisa.
O pior é que eu acho mesmo que o final mudará, que cada vez é diferente.
E, assim, repito o mesmo filme, como uma droga, como em uma crise de abstinência.
Mesmo assim, sendo como for, pago pra ver até o fim e não acredito quando ele chega...
E ele sempre chega!
Assim que o começo recomeça, caminho pelo meio e o fim não tarda.
Fecho o filme pra recomeçar o mesmo. Repetindo...
Paralisada na mesma história... Repetindo... E não mudo.
Acho que me acomodei num fim conhecido, mas não penso assim no começo.
Se eu conseguisse pensar assim, certo, talvez pudesse mudar esse roteiro, virar a página, sair desse ciclo de expirais de repetições eternas.
Mas penso como sempre pensei em todos os começos daquele mesmo filme: "Que tudo pode ser diferente."
Uma pequena mudança, um simples pensamento novo, pode mudar um grau a minha navegação e me levar pra outro continente...
Mas esse seria outro filme, e ainda não assisti tantas vezes, quantas vezes, o suficiente... Ainda acredito que ele não é ele e que pode ser diferente... Repetindo, repetindo, repetidamente.
Talvez seja falta de inteligência ou excesso de teimosia.
Ainda não aprendi o que preciso aprender com esse filme, esse mesmo filme de tantos anos. Será possível isso de novo?
Pelo menos ao final escrevo coisas sobre esse fim, e começo... A pensar se o verei novamente.
E sei que, já, já, o recomeço e a esperança voltam, junto com o fim da lembrança, recomeçando novamente o esquecimento desse fim que vivo hoje.
E o início e o meio justificam o fim, assim como o fim justifica esse texto.
E talvez esteja tudo certo, tudo justo e perfeito no universo.
E chego ao fim desse texto sem um fim próprio, apenas selando essa repetição com um ponto final.
Crucial e banal... Mas um fim... Mais um fim, pra talvez recomeçar de um mesmo começo...
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